terça-feira, 25 de agosto de 2009
Deus serpente
No gueto réptil de tuas palavras
o cerco letal.
Lendas maceradas,
magnas cicutas abertas ao precipício.
À vela nos dedos,
afiadas garras rastejam cinzas
que hão-de morder.
No mastro maligno do pensamento,
o céu,
veneno oculto acabado a lodo.
Poema do livro "O áspero hálito do amanhã"
de Alberto Pereira
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