domingo, 16 de dezembro de 2012

Revista Inefável - Entrevista a Alberto Pereira


Revista Inefável - Entrevista a Alberto Pereira por Ricardo Gil Soeiro.

http://revistainefavel.blog.pt/9-2/

"À boleia do poder da imagem e da imaginação, as suas palavras voam num compasso singular, ardendo num fogo lento, e constroem um 
alfabeto luminoso que reflecte a dor que a morte representa e a redenção que a presença do amor sempre traduz. Múltiplas são as paisagens interiores que os versos de Alberto Pereira logram transmitir. Basta estar aberto ao desafio do grito frágil que toda a poesia é. Um poeta único com uma obra a descobrir."

Ricardo Gil Soeiro

domingo, 11 de novembro de 2012

POEMA DE ALBERTO PEREIRA DO LIVRO - RESPOSTAS A PABLO NERUDA-.wmv



Caros amigos aqui fica mais um trabalho do meu próximo livro. Este poema é actual. Fala da situação conturbada do país e dos subsídios que cada vez mais são necessários. Mas também daqueles que os utilizam indevidamente. 

"Desconto para a 
insegurança social,
para não ter direito ao sangue.

No parlamento barbeia-se o pus.
Mas para quê,
se as veias só têm flores enforcadas.

Quando fiquei doente o dinheiro roeu a trela.
Já sabia,
carteiras com frio, aprendem dilúvios.
......

Poema de Alberto Pereira
Voz e vídeo - Zélia Santos


domingo, 16 de setembro de 2012

Meteorologista de Lágrimas - Alberto Pereira



METEOROLOGISTA DE LÁGRIMAS

É feriado na solidão,
vejo-te descer a memória a poente do desespero.
Desde que as rugas me embriagaram a pele,
poucos se lembram de mim.
Todos me olham, 
mas, na verdade, poucos me vêem.

Agora que chego ao fim,
sei que as vírgulas mordem o destino
e este se faz de crianças fundeadas na distância.
Acredita,
sou um meteorologista de lágrimas,
adivinho as marés que encharcam o rosto
quando o coração pressente a baixa-mar.

Lembro-me,
era sobre os nossos corpos
que as aves amanheciam,
e eu,
eu ia com elas,
entre as margens de tudo.
Só quando partiste percebi,
a noite cresce mais que o mundo
e Deus cabe numa algibeira.

O paraíso é uma viagem
que termina sempre no inferno.


Alberto Pereira
in "Amanhecem nas rugas precipícios"


"Se alguém me perguntar, hei-de dizer que sim, que foi
verdade - que não amei ninguém depois de ti nem
o meu corpo procurou nunca mais outro incêndio
que não fosse a memória de um instante junto
do teu corpo; e que deixei de ler quando partiste
por não suportar as palavras maiores longe da tua boca;
e que tranquei os livros na despensa e tranquei a despensa,
acreditando que, se não me alimentasse, acabaria
por sofrer de uma doença menor do que a saudade, mas
a que os outros, pelo menos, não chamariam loucura.

Se alguém me perguntar, direi que foi assim, e não de
outra maneira, como alguns parecem supor - que permiti,
bem sei, que outros homens me amassem e me aquecessem
a cama, mas em troca lhes dei apenas um nome diferente
do que tinham e os vi partir desesperados a meio
da noite sem sentir maior dor que a de saber que, afinal,
também eles não existiam para além de ti; e que no dia
seguinte dava comigo a trautear sem querer essa canção
que amavas (como se ela, sim, se tivesse deitado
no meu ouvido), mas que a sua melodia, em vez
de me alegrar como antes, me escurecia mais a vida.

Se alguém me perguntar, nada desmentirei, nem negarei
que os frutos todos que me deram a provar na tua ausência
me pareceram demasiado azedos ao pé dos que explodiam
em sumo nos teus lábios; e que, por isso, nunca mais quis
um beijo de ninguém, nem sequer inocente, e não voltei
também a aceitar as flores que me traziam por me lembrar
que, em mãos assim, tão grandes para o afecto, o seu
perfume anunciava invariavelmente a chegada do outono.

E contarei por fim, se alguém quiser saber, que o teu silêncio
foi de tal densidade, de tal espessura, que não consegui
escutar nenhuma das vozes que vieram depois de ti e, pior
do que isso, me esqueci com indiferença das mais antigas,
pelo que as minhas noites se tornaram uma tão longa
e solitária travessia que ainda esta manhã acordei ao lado
da tua sombra e respondi baixinho, mesmo sem ninguém
me perguntar, que há coisas que uma mala nunca leva."

Maria do Rosário Pedreira
in "O canto do Vento nos Ciprestes"

"Poesia reunida" de Maria Do Rosário Pedreira, é um excelente livro, que comporta todas as obras poéticas da autora e o inédito, "A Ideia do Fim".
Já tive o prazer de o ler.
Para mim, "O Canto do Vento nos Ciprestes", continua a ser a sua obra maior.

Alberto Pereira

sábado, 31 de março de 2012

3º PROGRAMA SOBRE A POESIA DE ALBERTO PEREIRA



http://web.me.com/mnemosine/SonsdaEscrita/351-400/Entries/2012/3/3_SE384.html


‎3º programa dedicado à poesia de Alberto Pereira. 
Poemas do livro "Amanhecem nas rugas precipícios", dedicado ao João Aguardela.

Edição e voz - José António Moreira

sábado, 24 de março de 2012

Livro Cem anos - 100 palavras

Aqui fica a obra que resultou do concurso literário "Cem anos -100 palavras", organizado pela Universidade do Porto no âmbito das comemorações do seu centenário. Desafiava os concorrentes a escrever um micro-conto de ficção com apenas 100 palavras. Publica-se agora em livro um conjunto de cem dos trabalhos apresentados a concurso, entre os quais os dos três premiados.
1º Rui de Sousa Basto - Algoritmo/2º Alberto Pereira - Uma vaga no Destino
/3º Manuel Francisco Ramos - Os ladrilhos amaldiçoados.

Adquirir o livro:

http://www.wook.pt/ficha/cem-anos-100-palavras/a/id/12835986

http://www.bertrand.pt/?palavra=cem%20anos%20-%20100%20palavras&restricts=8066&facetcode=temas

domingo, 18 de março de 2012

Universidade do Porto 100 Anos - Primeiro-ministro no encerramento das celebrações do Centenário

Dia 22 de Março será a entrega de prémios do Concurso Literário "Cem Anos - 100 Palavras" organizado pela Universidade do Porto. Premiados: 

1º "Algoritmo", de Rui Sousa Basto
2º "Uma Vaga no Destino", de Alberto Pereira
3º "Os Ladrilhos Amaldiçoados", de Manuel Francisco Ramos

"Para o dia da celebração do 101.º aniversário da UP, cuja sessão solene está marcada para as 16h, no Salão Nobre da UP, com intervenções do primeiro-ministro, Passos Coelho, e do reitor, Marques dos Santos, está também programado o lançamento do livro “Cem Anos – 100 Palavras”.

A cerimónia do lançamento do livro está agendada para as 18h45, seguindo-se depois a entrega dos prémios aos vencedores do Concurso de Micro-Contos."
 

Universidade do Porto 100 Anos - Primeiro-ministro no encerramento das celebrações do Centenário

sexta-feira, 9 de março de 2012

2º PROGRAMA DEDICADO À POESIA DE ALBERTO PEREIRA

‎2º PROGRAMA DEDICADO À POESIA DE ALBERTO PEREIRA

http://web.me.com/mnemosine/SonsdaEscrita/351-400/Entries/2012/2/25_SE383.html
Edição e voz: José-António Moreira
Textos: Alberto Pereira

Música:
Genérico – Davy Spillane (abertura e fecho), Beatles (Fecho)
Fundos – Jmai Sieber, Kammen, Fulton & Shatz
Ligações – Cat Stevens, Tracy Chapman, John Lennon, HIM

sábado, 3 de março de 2012

Programa sobre a poesia de Alberto Pereira

http://web.me.com/mnemosine/SonsdaEscrita/351-400/Entries/2012/2/18_SE382.html


Aqui fica um programa sobre a poesia de Alberto Pereira. 
5 poemas intercalados com música.
34 minutos à volta do livro "O áspero hálito do amanhã".


Edição e voz - José António Moreira.

"Cada edição é preparada através de um roteiro que contém as palavras lidas e as letras das músicas que as acompanham. Os 'agregadores' são sites que acolhem listagens de Podcasts e a partir dos quais se pode fazer o ‘download’ dos programas em versão mp3. O mais fiável é o iTunes, mas podem usar, também, o Lemonz Dream ou o Podcast.com. Podem interagir, também, através do Facebook.

O tema de cada ciclo tem origem em textos ou músicas de um autor, havendo o cuidado de relacionar os textos com os textos das músicas escolhidas. Pode acontecer, numa ou noutra situação, que seja só o ambiente sonoro a ligar as palavras, criando-lhes o contexto julgado mais adequado."

sábado, 7 de janeiro de 2012

CONCURSO LITERÁRIO "100 ANOS-100 PALAVRAS"


ARTIGO EDIUM EDITORES

"O autor da edium editores, Alberto Pereira foi distinguido com um prestigiante 2º lugar do Concurso "100 anos-100 palavras" da Universidade do Porto, inserido nas comemorações dos 100 anos desta Universidade."


VER POST COMPLETO

http://www.ediumeditores.org/blog/20121/premio-literario-up-cem-anos-100-palavras-universidade-porto.aspx

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

CONCURSO LITERÁRIO "100 ANOS - 100 PALAVRAS"


Alberto Pereira, com o micro-conto "Uma vaga no destino", ganhou o 2º prémio do Concurso Literário "100 Anos - 100 Palavras", englobado nas comemorações do centenário da Universidade do Porto.

Premiados

1º "Algoritmo", de Rui Sousa Basto


2º "Uma Vaga no Destino", de Alberto Pereira

3º "Os Ladrilhos Amaldiçoados", Manuel Francisco Ramos

Para além de receberem um prémio monetário, os três trabalhos / autores agora distinguidos vão encabeçar uma publicação com os melhores 100 micro-contos a concurso.

O lançamento do livro está agendado para 22 de março de 2012, Dia da Universidade do Porto. Na mesma sessão terá lugar a cerimónia pública de entrega dos prémios.

http://centenario.up.pt/ver_noticia.php?id_noticia=107

DUAS MORGUES NO OLHAR - DE ALBERTO PEREIRA/VOZ : ZÉLIA SANTOS

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

POEMA NÓDOAS ACORDADAS DE ALBERTO PEREIRA



POEMA - NÓDOAS ACORDADAS
AUTOR - ALBERTO PEREIRA
LIVRO - AMANHECEM NAS RUGAS PRECIPÍCIOS
VÍDEO - ZÉLIA SANTOS