Na cripta do horizonte
vultos sanguíneos remam
sismos no crepúsculo.
A voltagem da tarde fortalece escuridão,
crescem nas pálpebras
archotes terror perscrutando desalento.
Há relâmpagos a brilhar pesadelos
e os homens fecham as mãos
dentro dos neurónios.
Pelos dedos escorrem gritos
que acendem abutres na frustração.
Apagam-se daltónicas emoções
no insalubre túmulo dos dias
e apenas a morte
sabe sabotar o desespero.
no insalubre túmulo dos dias
e apenas a morte
sabe sabotar o desespero.
Poema do livro "O áspero hálito do amanhã"
de Alberto Pereira
1 comentário:
Belo o teu poema. Tenho que comprar o livro, já que não fui à apresentação. Uma falha. Beijos.
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